Novo não vê Luísa Barreto como vice de outro candidato e tem entraves para aliança com Engler

Presidente do partido de Zema em BH diz que ideia é aglutinar legendas do centro à direita em torno de ex-secretária
A pré-candidata do Novo à PBH, Luísa Barreto
Luísa Barreto deixou o governo Zema em junho a fim de disputar a PBH. Foto: Alexandre Netto/ALMG

O presidente do diretório do Novo em Belo Horizonte, Frederico Papatella, diz que a legenda não quer que a pré-candidata do partido à prefeitura da capital mineira, Luísa Barreto, seja vice de outro postulante. Segundo o dirigente, que vê entraves em uma possível aliança com o deputado estadual Bruno Engler (PL), o papel do Novo é, neste momento, agrupar agremiações ao centro e à direita, além de defensores das ideias liberais, em um projeto que “espelhe a liderança” do governador Romeu Zema, também filiado ao Novo.

“Se existe esse consenso entre os partidos de centro e de direita de que ela (Luísa) reúne ativos que a colocam como uma boa companheira de chapa, ela é quem deve encabeçar esse projeto”, diz Papatella, a O Fator.

Luísa deixou o posto de Secretária de Estado de Planejamento e Gestão do governo Zema no início de junho. Desde então, ela se dedica a reuniões de pré-campanha e à montagem do plano de governo. As articulações políticas, por sua vez, ficam a cargo dos dirigentes do Novo.

“Nosso papel é reunir partidos e lideranças que se alinhem com um projeto liberal para a cidade. Hoje, foi noticiado que estaríamos conversando com o candidato do Podemos. Eu não conversei com ninguém de lá, tampouco para indicar Luísa como vice”, afirma. “Se não for possível uma coligação com Luísa encabeçando a chapa, que seja em um apoio no segundo turno”, completa.

A ex-secretária de Planejamento ainda não emplacou nas pesquisas eleitorais e aparece no segundo pelotão dos levantamentos. O cenário, porém, não assusta Papatella.

“Zema começou em sua primeira campanha com 3% das intenções de voto e hoje está em seu segundo mandato como governador”, pontua. 

Se a candidatura de Luísa sair do papel, não será a primeira vez dela na corrida rumo ao prédio 1.212 da Avenida Afonso Pena. Isso porque em 2020 ela foi a concorrente do PSDB à prefeitura. 

PL e Novo podem se unir?

Sobre uma eventual união a Bruno Engler, que deve representar o PL na eleição em BH, Papatella diz que, embora convirja com “80%” das ideias do Novo, o parlamentar tem o piso e o teto de intenções de votos muito próximos.

“Bruno é uma pessoa de direita, mas que construiu a imagem dele baseado em combates e embates que o cidadão belorizontino não está buscando mais. Estes querem uma pessoa que consiga unir forças para mudar o rumo da cidade”, analisa.

Pesquisas internas encomendadas pelo Novo dão conta de que a disputa em BH será pautada por demandas locais — e não pela polarização política nacional.

“Na capital, a maioria das pessoas quer respostas aos problemas da cidade. Sabem que o prefeito — no nosso caso, a prefeita — precisa conseguir conversar com os outros políticos para conseguir realizar as coisas”, indica.

O desejo por uma aliança entre PL e Novo, vale lembrar, é nutrido por lideranças do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A avaliação deles é que uma união poderia facilitar as eventuais pretensões eleitorais de Zema para 2026.

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