O nome cotado para a relatoria da privatização da Copasa na comissão mais importante da ALMG

Thiago Cota (PDT) esteve com o presidente da ALMG esta semana
Apesar do "favoritismo", não há martelo batido sobre a indicação. Foto: Alexandre Netto/ALMG

O deputado estadual Thiago Cota (PDT-MG) é o principal cotado para assumir a relatoria do projeto de privatização da Copasa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia mineira.

O Fator apurou que, mesmo em uma semana de baixa presença na Assembleia, Cota esteve reunido com o presidente da Casa, Tadeu Martins Leite (MDB), na última terça-feira (19).

Apesar do “favoritismo”, não há martelo batido sobre a indicação.

A busca pela relatoria do texto não é à toa: Thiago Cota é candidato a uma cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), e tem feito notório esforço para convencer os colegas a apoiá-lo. Sendo relator do projeto, Cota poderia, ainda, sinalizar ao governo Zema para buscar apoio do Executivo para sua indicação ao TCE.

Desestatizações

Os projetos de privatização da Copasa e da Cemig foram protocolados pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) na quinta-feira (14)

Para a Copasa, o plano tem dois caminhos. Um deles passa pela alienação total ou parcial da fatia do estado na participação societária da empresa. Outro, aborda uma possível “capitalização, mediante o aumento de capital, com renúncia ou cessão, total ou parcial, dos direitos de subscrição”.

O governo, que calcula R$ 15 bilhões para o valor da participação do Estado nas duas estatais, quer concluir os processos de desestatização no ano que vem. O objetivo, inclusive, é fazer os leilões acionários no segundo semestre de 2025

“Para isso (fazer os leilões no segundo semestre de 2025), a gente precisa que esses projetos tenham a tramitação com boa velocidade. Diria que é uma perspectiva razoável de que a gente tenha votações no começo do próximo ano”, projetou Mateus Simões, no dia 14.

Interlocutores a par das conversas ligadas aos projetos de privatização de estatais acreditam que a Cemig entrou na leva de propostas encaminhadas aos deputados estaduais como uma espécie de “balão de ensaio”. A avaliação é que a presença da Cemig no pacote facilitaria a aprovação da venda de ações da Copasa.

O Fator conversou sob reservas com parlamentares, que acreditam na possibilidade de, a priori, apenas a privatização da Copasa avançar. O entendimento é que há menos resistência à venda da estatal de saneamento do que a uma mudança no modelo de gestão da energética.

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