O novo prazo dos processos punitivos do governo Zema contra empreiteiras da Cidade Administrativa

Construtoras não fizeram acordo de leniência e processo se arrasta
Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas Gerais
Construtora foi investigada e condenada por corrupção durante a construção da Cidade Administrativa. Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

A Controladoria-Geral do Estado (CGE) deu mais 6 meses para que Processos Administrativos Punitivos contra seis empreiteiras sejam concluídos. As empresas em questão são suspeitas de terem participado das fraudes durante a construção da Cidade Administrativa.

Os processos foram instaurados em 26 de setembro de 2023. Como nenhuma das empresas acertou um acordo de leniência com o Estado, como havia feito a Andrade Gutierrez, por exemplo, os procedimentos são mais alongados.

As empresas que respondem pelos processos são:

  1. Barbosa Mello S.A.
  2. Construções e Comércio Camargo Correa S.A.
  3. Mendes Junior Trading e Engenharia S. A.
  4. Construtora Queiroz Galvão S. A.
  5. Santa Bárbara Engenharia S. A.
  6. Via Engenharia S.A.

Recentemente, o governo de Minas rescindiu o acordo de leniência com a Andrade Gutierrez devido à falta de pagamentos ao acerto. A empreiteira recorreu a Zema, que ainda não tomou uma decisão. Em 2021, a CGE mineira firmou o acordo de leniência com a Andrade Gutierrez por indícios de fraudes cometidas pela empresas nos contratos para a construção da Cidade Administrativa, entre 2005 e 2010. A empresa se comprometeu a pagar R$ 128,9 milhões em 32 parcelas trimestrais por conta dos ilícitos. Contudo, deixou de acertar cinco parcelas que somam a quantia de R$ 20 milhões.

empresa alegou dificuldades financeiras e solicitou um aumento considerável no prazo para pagar. Com a rejeição da proposta pelo Estado, a construtora cessou os pagamentos em abril de 2023.

Agora, sem o contrato, o montante total a ser pago pela empresa alcança R$ 323.411.908,41.

A propósito, a investigação sobre as fraudes na Cidade Administrativa ainda tramitam na Justiça. Em agosto, a Justiça estadual absolveu o ex-governador Aécio Neves e empreiteiras acusadas de ilegalidades na obra. O MPMG recorreu. O caso está em segredo de Justiça.

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