O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), reforçou que não abre mão de indicar o vice da campanha à reeleição de Marília Campos (PT) em Contagem. O último apelo de Pacheco à petista aconteceu há cerca de duas semanas, durante reunião em Brasília.
As conversas entre os dois já duram alguns meses sobre o caso. Em janeiro, O Fator mostrou que Pacheco chegou a conversar com Lula (PT) pedindo que o presidente da República intervisse e convencesse Marília Campos a aceitar um nome do grupo do senador – na época, o mais indicado era o do advogado Jorge Periquito.
Entre o bojo de articulações, entra aí também o cenário de 2026. Com Lula apoiando a preparação de Pacheco para a disputa ao governo de Minas, há também a construção para que a prefeita seja a vice dele na disputa. Na prática, isso significa que Marília teria que deixar a prefeitura até março de 2026 – o que faria com que seu companheiro de chapa vire prefeito de Contagem por pelo menos dois anos e meio. Um presente e tanto.
A propósito, além de reforçar o pedido para indicar o vice, Pacheco também tem atuado para ganhar a simpatia de Marília via Brasília. O senador escalou o próprio Jorge Periquito para viabilizar, junto ao Ministério das Cidades, emendas de até R$ 80 milhões para um programa municipal sobre pavimentação de asfalto em Contagem – o Programa Asfalto Novo.
Como o calendário eleitoral proíbe a transferência de recursos do governo federal a estados e município a partir do próximo dia 6 de julho (sábado), Periquito já conseguiu do Ministério das Cidades a transferência de R$ 26 milhões para Contagem, na última quarta-feira (3).
Apesar de todo o esforço, ainda não há martelo batido. Se dependesse da vontade só da prefeita, aliados apontam que seu favorito seria a permanência do atual vice, Ricardo Faria, que até se filiou ao PSD em fevereiro para tentar ganhar traquejo nas conversas. Por enquanto, a mudança de partido não deu tanto resultado.