O vai e vem do RRF no governo de Minas

A dívida de Minas com a União ultrapassa R$ 160 bilhões
Ex-secretário de Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, em entrevista coletiva
Ex-secretário da Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, era um dos maiores defensores do RRF. (Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG)

A fala do governador Romeu Zema (Novo), indicando que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é um “remendo” e que não resolve o problema da dívida mineira, feita nesta segunda-feira (25) ao Jornal do Comércio, em Porto Alegre, instigou interlocutores do mercado e da ALMG a questionarem a condução da política fazendária em Minas.

Desde 2019, o governo mineiro vinha defendendo que a adesão ao RRF seria a única opção para sanar os cofres estaduais. O ex-secretário Gustavo Barbosa era um dos grandes defensores, bem como outros integrantes do Executivo estadual. Agora, porém, o governador apresenta dúvidas sobre a efetividade do Regime.

Interlocutores ouvidos pelo O Fator já colocavam em cheque a intenção do ex-secretário Gustavo Barbosa em seguir com o projeto, e questionam se agora, com as dúvidas de Zema, o novo chefe da Pasta, Luiz Carlos Gomes, ex-adjunto de Barbosa, defenderá a proposta ou se adotará outro caminho (se o fizer, terá de explicar os motivos que o levaram a mudar o rumo). 

Há também certa dúvida se Barbosa e Gomes, anteriormente, explicitaram ao governador todas as ações que envolvem o RRF, inclusive alertando-o de que não são suficientes para equacionar a dívida.

Interlocutores citam ações judiciais, inclusive populares, que questionam a dívida mineira, e que não mereceram a devida atenção do Governo do Estado.

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