Os três advogados alvos de operação da Polícia Federal em Minas

Ex-defensor de Adelio Bispo está entre investigados da operação desta terça
Mandados foram cumpridos em Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa. Foto: PF/Divulgação

Três advogados estão entre os alvos de uma operação deflagrada nesta terça-feira (11) pela Polícia Federal (PF) contra um grupo suspeito de organização criminosa e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. O Fator apurou que os três defensores alvos da ação dos policiais são Arthur Mayrinck, Glauco Mayrinck e Fernando Magalhães, que ganhou notoriedade por ser um dos quatro advogados de Adélio Bispo.

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos agentes. A Justiça determinou, ainda, o cumprimento de mandados ordenando a lacração e a suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais. Por causa da operação, batizada de Cafua, os bens de 31 pessoas  jurídicas e físicas, avaliados em R$ 260 milhões, foram interditados

O esquema, segundo a PF, está relacionado à lavagem de dinheiro obtido por meio de crimes — sobretudo o tráfico de drogas. A ação desta terça é um braço da Operação Caixa Forte, deflagrada em 2019 para investigar o tráfico de drogas ocorrido na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Os mandados desta terça foram cumpridos em Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa. A PF contou com o apoio de integrantes das Polícias Civil, Militar e Penal.

Ex-defensor de Adélio

Fernando Magalhães, um dos alvos, tem, no currículo, a defesa de Adélio Bispo, que atacou com uma faca o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora.

À época, Magalhães chamou a atenção por chegar rapidamente à cidade da Zona da Mata para defender Adélio. Após extensa investigação, que envolveu quase todos os setores da inteligência da PF, os agentes concluíram não ter indícios de que havia financiamento para ele atuar no caso – tratava-se, na realidade, de uma defesa pro bono com intuito de aparecer na mídia.

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