Embora a federação partidária formada por PT, PCdoB e PV só possa ser desfeita em abril de 2026, conforme regra da Justiça Eleitoral dirigentes petistas e dos verdes em todo o país, inclusive em Minas Gerais, não escondem insatisfações com a aliança. Os comunistas, entretanto, ainda não se posicionaram oficialmente sobre o tema. Apesar disso, internamente, debatem três cenários para, por meio de uma nova federação, superar a cláusula de barreira que, na próxima eleição, obrigará as legendas a conseguir ao menos 2,5% dos votos em pelo menos nove dos 27 estados.
A primeira hipótese, tida por interlocutores do PCdoB como a mais conservadora delas, seria a renovação da federação sem a presença do PV, apenas com petistas e comunistas.. O receio do PCdoB nesse caso é com a correlação de forças, que ficaria mais desigual em razão do “peso” político do PT ser maior.
Um segundo cenário seria a entrada do PCdoB na federação que vem sendo articulada pelo próprio PV, com partidos como PDT, Solidariedade e Cidadania. O PSB também pode entrar nesta construção, a partir da eleição do prefeito de Recife (PE), João Campos, à presidência nacional do partido, prevista para acontecer em 2025. Para o PCdoB, nesta possível federação, o partido teria mais protagonismo político, pelo fato de as agremiações terem capital político homogêneo.
O terceiro quadro, atualmente o mais improvável deles, seria o ingresso do PCdoB na federação já vigente entre Rede e Psol. A aliança é bem vista pelos comunistas, mas o receio do partido é de que, juntas, as três legendas possam não superar a cláusula de barreira.
Lideranças do PV mineiro, vale lembrar, já dão como certa a saída da sigla da coalizão liderada pelo PT.