PL vai deixar bloco governista na ALMG e atuará como bancada

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro não vai compor nenhuma das coalizões tradicionalmente montadas na Casa
O deputado Bruno Engler
Bruno Engler é favorito para ser o líder da bancada do PL. Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG

O Partido Liberal (PL) vai desembarcar de um dos blocos parlamentares de apoio ao governo Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e atuar como bancada. O martelo foi batido em reunião nesta terça-feira (4).

Na Assembleia, os deputados governistas se dividem em dois blocos parlamentares. O que tinha a presença do PL, batizado de “Avança Minas”, contava ainda com filiados a partidos como MDB, Cidadania, PSDB e Solidariedade.

O PL tem 11 deputados na Assembleia. O líder da bancada deverá ser Bruno Engler, que concorreu a prefeito de Belo Horizonte no ano passado. Em 2022, o partido já havia atuado como bancada, sem fazer parte de nenhum bloco.

A cada dois anos, os deputados ganham prazo para reorganizar os blocos parlamentares. Neste momento, nenhuma coalizão está em funcionamento na Assembleia, o que deve acontecer ao longo deste mês. 

Para ser reativado, o “Avança Minas” terá de receber parlamentares de ao menos um partido do outro bloco governista, o “Minas em Frente”, já que, sem o PL, o ajuntamento fica sem o mínimo de 16 deputados.

Histórico de embates

Uma ala do PL mais identificada com o ex-presidente Jair Bolsonaro já vinha defendendo, há algumas semanas, a saída do “Avança Minas”. A ideia era criar um bloco parlamentar com outro partido de orientação conservadora, como o Republicanos, ou atuar isoladamente como bancada.

As divergências, entretanto, não estiveram resumidas a embates internos. A federação PSDB-CIdadania, por exemplo, cogitou deixar o bloco em caso de permanência do PL. Isso porque os liberais apoiaram a candidatura de Juliano Lopes (Podemos) para a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), enquanto outros partidos do bloco da Assembleia, caso do Cidadania e os tucanos, caminharam com Bruno Miranda (PDT), candidato de Fuad Noman (PSD).

À ocasião, a avaliação era de que seria incoerente permanecer em uma coalizão estadual que conta com partidos que pensam diferente no âmbito da capital.

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