PT decide apoiar Fuad Noman no 2° turno em BH

Partido emitiu nota orientado filiados ao voto no candidato do PSD, que enfrentará Bruno Engler, do PL
Lula e Fuad Noman
PT, partido de Lula, defenderá voto em Fuad no segundo turno. Foto: Ricardo Stuckert

O diretório do PT em Belo Horizonte emitiu, nesta terça-feira (8), resolução orientando os filiados ao voto em Fuad Noman (PSD) no segundo turno da corrida pela prefeitura. De acordo com o documento, o deputado estadual Bruno Engler (PL), rival de Fuad na disputa, “ampliaria o eco do fascismo”.

No primeiro turno, o PT lançou a candidatura do deputado federal Rogério Correia, que terminou na sexta colocação, com 4,37% dos votos válidos.

A nota em que os petistas defendem o voto em Fuad é assinada por Guilherme Jardim, o Guima, presidente da sigla na cidade.

“A candidatura do PL veicula todos os traços regressivos destacados por nossa chapa majoritária, Rogério Correia e Bella Gonçalves, no primeiro turno: trata-se de uma alternativa que ampliaria o eco do fascismo, racismo, machismo, misoginia, LGBTfobia, enfraquecimento do serviço público, intolerância religiosa e, de forma geral, aumentaria a insegurança e violência urbana, em função do clima de ódio que propaga”, lê-se no texto.

O documento ainda critica a “agenda ultraliberal e privatista” que, segundo, o PT, Engler encampa.

O movimento de apoio do partido a Fuad vai ao encontro do que a deputada estadual Bella Gonçalves, do Psol, já havia anunciado nessa segunda-feira (7). Candidata a vice na chapa de Rogério Correia, ela sinalizou voto no PSD no segundo turno. Quem também estará com o candidato à reeleição é o vereador eleito Pedro Rousseff, campeão de votos entre os concorrentes apresentados pelos petistas.

Cabe lembrar que, no primeiro turno, setores de PV e PCdoB, agremiações com quem o PT forma uma federação, já pregavam o voto em Fuad.

Em que pese o apoio do PT a Fuad, a campanha do pessedista não planeja associá-lo diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação é que um movimento do tipo favoreceria Bruno Engler, que poderia polarizar a eleição a partir da boa relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Há, também, o entendimento de que uma vinculação a Lula afugentaria os eleitores posicionados ao centro do espectro político.

No segundo turno da eleição presidencial de 2022, Fuad Noman apoiou Lula.

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