Vereador de Itabira é condenado a quatro anos de prisão por peculato

Parlamentar foi investigado por uso irregular de veículo alugado com verba pública; ele poderá recorrer em liberdade
A Câmara Municipal de Itabira
A Câmara Municipal de Itabira. Foto: Divulgação

O vereador de Itabira Rodrigo Alexandre Assis Silva foi condenado a quatro anos e quatro meses de reclusão por peculato. A sentença, assinada no último dia 16 pela juíza Dayane Rey da Silva, da 1ª Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Itabira, determina o cumprimento da pena em regime semiaberto. A decisão também obriga o parlamentar a pagar multa.

A magistrada acolheu denúncia apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Segundo a acusação, o vereador da cidade do Quadrilátero Ferrífero teria desviado, para uso particular, um veículo alugado com verba pública entre outubro de 2017 e abril de 2019. Para a utilização do carro, uma locadora de carros recebia R$ 2 mil ao mês. 

Rodrigo, eleito pelo MDB no ano passado, poderá recorrer em liberdade. Apesar disso, a juíza ordenou a suspensão dos direitos políticos após o trânsito em julgado da sentença.

Uma investigação da Polícia Civil identificou diversas multas atribuídas ao automóvel em dias não úteis — datas em que não há atividades nas Câmaras Municipais. 

Ainda conforme os autos, em 28 de abril de 2019, o parlamentar se envolveu em um acidente de trânsito enquanto conduzia o carro em questão. 

“O acusado, que apresentava no dia e momento do fato sinais de embriaguez, colidiu o automóvel em um poste de iluminação pública”, lê-se em trecho do despacho.

Durante o curso do processo, Rodrigo disse que o carro era utilizado para agendas ligadas à atividade parlamentar, mas não conseguiu especificar os serviços políticos que prestou no dia das multas. O argumento foi descartado pela Justiça.

“Quanto à autoria, observo que o acusado negou os fatos. Disse que fez a locação dos veículos; que cada gabinete locava o veículo; que o pagamento era por mês cheio; que a atividade parlamentar é durante toda semana; que sempre teve boas relações políticas em Belo Horizonte; que sobre as datas em que foi multado, esclarece que estava em serviço; que não consegue especificar qual era o trabalho que estava prestando”, detalhou a magistrada Dayane Rey da Silva.

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