Nenhum vereador de Belo Horizonte se interessou, por ora, a liderar as frentes responsáveis por conduzir os atos de campanha referentes ao referendo sobre a mudança de bandeira da cidade. A votação, que vai definir se BH adota, ou não, um pavilhão desenhado pelo designer Gabriel Figueiredo, foi marcada para 6 de outubro, mesma data do primeiro turno da eleição municipal.
Segundo as regras do referendo, definidas pela Justiça Eleitoral, podem ser formadas duas coalizões: uma, para defender a alteração da bandeira; outra, para manter o atual layout. Cada uma das frentes deve ser presidida por um vereador. O prazo para a realização das convenções dos grupos, porém, terminou nessa segunda-feira (8) sem que houvesse parlamentares interessados, conforme informou a Câmara Municipal a O Fator.
“O entendimento da Procuradoria do Legislativo é que esta constituição das frentes é facultativa. A presidência da Câmara comunicou aos vereadores da possibilidade de formação das frentes. Até agora, não houve manifestação de interesse por parte de nenhum parlamentar”, informou o Parlamento Municipal, à reportagem.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), ainda que sem a realização das convenções, os interessados em formar frentes para o referendo têm até o próximo dia 12 para registrar as coalizões. Até agora, ninguém procurou a Corte para formalizar essa intenção.
Uma pergunta a mais
Em 6 de outubro, os belo-horizontinos terão de votar para prefeito e vereador. A ideia é aproveitar a ida dos cidadãos às urnas para submetê-los a uma terceira pergunta: “Você aprova a alteração da bandeira de Belo Horizonte?”.
A opinião será registrada por meio das teclas “1’ e “2” do aparelho de votação. Não está certo, ainda, qual dos dois números vai corresponder ao “sim” e ao “não”, uma vez que essa definição será dada por sorteio.
O possível novo desenho da bandeira de BH foi criado pelo designer Gabriel Figueiredo. O pavilhão é dividido diagonalmente pelas cores verde e azul. Ao centro, há um sol em amarelo com 16 pontas, como consta no brasão de armas da capital mineira.
Em agosto do ano passado, a Câmara Municipal promulgou a lei determinando a realização de referendo para definir sobre a eventual troca da bandeira.