Aliados de Marília Campos (PT), eleita neste domingo (6) para um quarto mandato à frente da Prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), já projetam voos mais altos a ela, como uma eventual participação em uma chapa na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026. Marília venceu a disputa no 1° turno, com 60,68% dos votos válidos.
Entre auxiliares de Marília, há a percepção de que ela consegue ser maior do que o próprio PT em Contagem. A votação obtida por ela foi mais de 15 pontos percentuais superior aos 44,51% conquistados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cidade no segundo turno da eleição nacional de 2022. À ocasião, Jair Bolsonaro (PL) venceu no município com 55,49%.
Nos últimos meses, Marília intensificou a aproximação a lideranças ao centro, como o PSD, partido que apoiou sua candidatura. Um dos principais aliados de Marília é o pessedista Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
Marília também é próxima do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco, outro quadro do PSD. Nos bastidores, Pacheco é visto como potencial candidato de Lula ao governo de Minas Gerais em 2026.
Nesse cenário, Marília é, ainda de que de forma para lá de incipiente, apontada como um nome que poderia concorrer ao posto de vice, em disputa que, se depender do governador Romeu Zema (Novo), terá o vice, Mateus Simões (Novo), como “cabeça” da chapa situacionista.
A favor de Marília está, ainda, o desempenho ruim do PT em Belo Horizonte. O candidato do partido à prefeitura da capital, Rogério Correia, não alcançou 5% da preferência do eleitorado.
Por ora, Marília e seu núcleo mais próximo de assessores negam qualquer pretensão, reiterando que a prefeita cumprirá integralmente o novo mandato.