Educação: IDEB 2023 mostra má gestão de Kalil frente à PBH

Ex-prefeito foi péssimo também na Educação. Quem disse? Os números, ué  
Ex-prefeito Alexandre Kalil e maus números na Educação segundo o IDB 2023
IDEB 2023 mostra os péssimos números de Kalil na Educação (Foto: Amira Hissa / PBH)

É inegável que parte da queda do desempenho dos alunos da rede municipal de Belo Horizonte, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2023, é também reflexo da pandemia do novo coronavírus durante parte dos anos de 2020 e 2021.

Porém, tal queda iniciou-se bem antes da covid-19, mais precisamente depois que Alexandre Kalil assumiu a prefeitura da capital mineira, interrompendo uma firme trajetória de melhoria, ocorrida ao longo dos mandatos de seu antecessor, Márcio Lacerda

Quando este assumiu seu primeiro mandato na Prefeitura, em 2009, a nota dos alunos dos anos iniciais era de 5.3 e cresceu a cada ciclo, chegando a 6.3 ao final de 2016. Já na gestão Kalil, essa nota caiu para 6.0, em 2019, e para 5.8 em 2021 (seu último ano).

Má gestão, péssimos números

O desempenho dos alunos da rede municipal de BH nos anos finais também subiu durante as gestões de Márcio Lacerda, tendo saído de 3.8, em 2019, para 4.9 em 2017. Já com Kalil, após ligeira alta durante a pandemia, um novo tombo: 4.7 ao final de 2021. 

A despeito da covid-19, foi notório, portanto, o baixo desempenho da Secretária Municipal de Educação, Ângela Dalben, que comandou a Pasta desde o início da primeira gestão de Kalil, em janeiro de 2017, até abril de 2023, quando foi demitida por Fuad Noman

Durante a pandemia, diferentemente de outras capitais, a PBH não criou condições para que os alunos da rede municipal, sobretudo nas periferias, pudessem se conectar remotamente com as escolas, providenciando computadores e internet de alta velocidade.

Premiação comprova má gestão

Tanto é verdade que o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), implementou o tal “Projeto Vila + Conectada”, que possibilitou cobertura de internet para todas as 218 vilas e favelas da capital, beneficiando, segundo a Prefeitura, cerca de 45 mil alunos da rede municipal. 

Tal iniciativa, inclusive, rendeu à PBH o prêmio Cidades do Futuro 2023, na categoria Conectividade, o que comprovou a ineficácia da gestão Kalil na Educação municipal, e não apenas no período pandêmico, mas como regra em toda a sua má administração.

É de se estranhar, portanto, a afirmação do ex-prefeito – hoje na coordenação de campanha do deputado Mauro Tramonte (Republicanos) – que, em caso de vitória, já está acertada a nomeação de Ângela Dalben, para novamente assumir a Pasta da Educação.

Repetindo o fracasso

Se os números não convenceram Kalil – e supostamente Tramonte – de que sua ex-secretária não é merecedora de nova oportunidade, os belo horizontinos que utilizam a rede municipal de ensino podem ter motivos para receio em caso de sucesso do ex-prefeito.

A Educação pública – no caso, a falta dela – é a mãe de todos os nossos males. E a culpa da nossa miséria escolar é de políticos e governantes que, como Alexandre Kalil, imaginam-se exímios gestores, mas que só entregam péssimos resultados. Pior. Não largam o osso!

As palavras mentem. O papel aceita tudo. Vídeos são falaciosamente editados. Mas números, meus caros leitores, são e sempre serão… números! Não mentem. Kalil foi um péssimo prefeito também na Educação. “Quem disse, Ricardo; você?”. Eu não, ora. O IDEB.   

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