Os caminhos de Mateus Simões para 2026

Como será amanhã? Responda quem puder. O que irá me acontecer? O meu destino será como Deus quiser (Simone, em “O Amanhã”)
Mateus Simões de Almeida, ou simplesmente Professor Mateus, vice-governador de Minas terá de optar pelo Palácio Tiradentes ou Senado Federal
Zema: Presidente ou Vice? Mateus: Governador ou Senador (Foto: Divulgação/ Partido Novo)

Mateus Simões de Almeida, ou simplesmente Professor Mateus (43), estreou oficialmente na política em 2016, eleito vereador em Belo Horizonte pelo partido Novo, com pouco mais de 5.5 mil votos. De lá para cá, numa trajetória meteórica, assumiu o cargo de secretário-geral do governo mineiro, em 2020, até ser eleito vice-governador do estado, em 2022, ao lado de Romeu Zema.

De olho na eleição presidencial de 2026 – como cabeça de chapa ou vice-presidente -, o governador de Minas confiou a Mateus a tarefa de ser o real gestor da máquina estadual. Zema, obviamente, é o chefe do Executivo e líder do governo, mas cabe a seu vice a administração do dia a dia do estado, a articulação política e, sobretudo, a busca incessante por visíveis bons resultados.

A Vice-governança chegou a Simões após um desconcertante episódio, envolvendo Eduardo Costa, um dos mais populares – senão o mais popular – radialistas do estado. Confiando no sucesso das articulações políticas, o jornalista filiou-se ao Cidadania e aceitou o convite feito por Romeu Zema, para compor sua chapa de reeleição, e deixou a TV Record (e um excepcional salário, diga-se).

Porém, após o insucesso das negociações partidárias que impossibilitaram a candidatura de Eduardo Costa – atualmente na Itatiaia e na Band -, coube ao Novo formar uma chapa “puro-sangue”, com Mateus sendo aclamado pela legenda. Hoje, depois de Zema, é o principal nome do partido e um dos mais influentes em nível nacional, o que o legitima à disputa pelo Palácio Tiradentes em 2026.

Mas… será mesmo?

Se a política brasileira não é para amadores, imaginem um dos berços dela? Minas Gerais “não é brinquedo, não”, como diria uma antiga personagem de novela. Pertencente à categoria dos políticos eleitos a partir da notoriedade – fácil e populista – obtida nas redes sociais, Cleiton Gontijo de Azevedo, o Cleitinho (senador pelo Republicanos), pode ser a famosa “pedra no caminho”.

Cortejado pelo Novo, por insistência de políticos e empresários influentes, que querem o jovem senador – eleito com espetaculares 4 milhões de votos – na disputa pelo governo mineiro, Cleitinho não reúne, nem de perto, os predicados técnicos e a experiência administrativa de Mateus. Porém, em tempos de 6G, mais vale um “Tiktoker” na mão que dois professores voando.

Eis a encruzilhada atual de Mateus Simões, ou talvez, bifurcação: Governo de Minas ou Senado? Sim, porque caso abra mão da natural candidatura a governador, o caminho equivalente – e talvez o único adequado – é o de senador da República. Zema, inclusive, já declarou que, caso não dispute o Planalto, não se sentiria bem no Legislativo. Há outro nome no Novo? Eu desconheço.

Não. 2026 não está longe. Ao contrário. Está logo ali, na esquina. Rodrigo Pacheco, Alexandre Silveira, Alexandre Kalil… nomes dispostos a disputar a Cidade Administrativa não faltam – o que falta, para alguns, são votos e capacidade. Neste último quesito, Mateus se garante. E é justamente maior consistência eleitoral que busca, incansavelmente, com suas viagens e trabalho árduo por todo o estado.

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