STF pauta julgamento virtual de liminar da dívida de MG; governo Zema acredita em engano

Marcação passou a constar nesta terça (7), mas poder Executivo mineiro espera sessão presencial para tratar do tema
Vista da sede do STF, em Brasília
Julgamento virtual de última liminar da dívida foi inserido nesta terça (7) no site do Supremo. Foto: Divulgação/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou, para o próximo dia 16, o início do julgamento remoto da última das liminares que suspendeu as parcelas da dívida de Minas Gerais com a União. A pauta, inserida no site da Suprema Corte nesta quarta-feira (7), diz que os ministros poderão se manifestar sobre o tema no plenário virtual até o próximo dia 23. 

Apesar disso, O Fator apurou que o governo do estado acredita que a marcação tenha sido fruto de um equívoco — e que o tema será julgado na íntegra em sessão presencial em 28 de agosto, quando o mérito da questão será julgado.

A última liminar sobre a dívida foi concedida pelo ministro Kassio Nunes Marques no dia 1°. Na decisão, ele estende, exatamente até 28 de agosto, a decisão que interrompe a necessidade de o governo mineiro pagar as frações mensais do débito de R$ 165 bilhões contraído junto à União.

O Fator acionou a Secretaria de Comunicação do STF, que confirmou a marcação vista no site da Corte. A reportagem, então, questionou sobre a possibilidade de o caso ter sido equivocadamente pautado para o plenário virtual. Segundo a equipe do Supremo, se tiver ocorrido erro, uma retificação aparecerá no andamento do processo. 

O trecho final da liminar de Nunes Marques é que faz o governo de Minas acreditar em equívoco. 

“Nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno, submeto esta decisão ao Plenário, para julgamento conjunto com a decisão de prorrogação pendente de referendo, inicialmente previsto para 28 de agosto de 2024”, lê-se.

Na mesma decisão em que prorrogou a validade da liminar da dívida, Nunes Marques deu 10 dias para que a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifeste sobre o pedido da equipe jurídica do governador Romeu Zema (Novo) por uma audiência de conciliação. O encontro serviria para alinhar condições a respeito do retorno dos pagamentos.

O Palácio Tiradentes propôs retomar as parcelas do débito bilionário a partir de 1° de outubro, nos moldes do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) — ainda que a entrada no plano não tenha sido votada por deputados estaduais. A esperança do Executivo é uma eventual homologação do RRF mineiro por parte do STF.

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