Servidores da Abin rejeitam delegado da PF como corregedor da agência e pedem reunião com governo Lula

Sindicato da entidade de inteligência quer nome interno para a vaga
Fachada do prédio da Abin
"O policial federal Alexandre Ramalho não pertence mais ao quadro de servidores da ABIN desde junho de 2022, quando retornou ao seu órgão de origem", afirma a nota da INTELIS. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (INTELIS) enviou um ofício ao Ministro-Chefe da Casa Civil, Rui Costa, manifestando-se contra a possível nomeação de um policial federal para o cargo de Corregedor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

No ofício enviado pela INTELIS nesta segunda-feira (12), a entidade pede que a função seja preenchida por um servidor dos próprios quadros da ABIN. A atual Corregedora-Geral, uma oficial de Inteligência, terá seu mandato encerrado em 31 de agosto de 2024 e não foi reconduzida ao cargo por decisão do Diretor Geral da ABIN.

Pontos-chave do ofício:

  1. Rejeição unânime: “As filiadas e filiados da INTELIS repudiaram em Assembleia a indicação de policial federal para Corregedor-Geral da ABIN, com mandato de dois anos.”
  2. Alerta de riscos: A INTELIS “alerta para riscos institucionais e políticos com a nomeação de um Corregedor oriundo da Polícia Federal.”
  3. Conflito de interesses: A associação “avalia que há conflito de interesse em um delegado da PF estar à frente da Corregedoria da ABIN, na qual estão em andamento investigações sobre atos de policiais federais na ABIN na gestão anterior encabeçada por um policial federal.”
  4. Capacitação interna: “Os servidores do quadro da ABIN são capacitados na esfera correcional, há centenas de profissionais de Inteligência formados em Direito, e experientes na aplicação de normas afetas a corregedoria.”

A INTELIS solicitou ainda um agendamento de reunião entre sua nova diretoria, que assumiu em julho, e o Ministro Rui Costa ou sua assessoria para discutir o assunto correcional.

A polêmica ocorre em um momento delicado para a ABIN, que recentemente enfrentou uma paralisação burocrática devido a alegações de falta de diálogo com a atual direção. Além disso, a agência está sob escrutínio por investigações relacionadas ao uso do software First Mile durante a gestão anterior, ligada ao governo Bolsonaro.

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