Apontada pelo Podemos como candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte na chapa do senador licenciado Carlos Viana, a ativista Renata Rosa começou sua campanha nesta sexta-feira (16), mas, ao pedir votos a seguidores nas redes sociais, não citou o nome do companheiro de chapa. A identidade visual da candidatura de Rosa ao posto, inclusive, não diz que Viana é o candidato a prefeito.
O Podemos, que também abriga Viana, vive uma crise nos bastidores por causa da vaga de vice. Renata Rosa foi indicada pelo partido e teve a candidatura registrada junto à Justiça Eleitoral, mas o senador licenciado queria Kika da Serra, também do Podemos, como companheira de chapa.
“Hoje iniciamos uma nova jornada com um só objetivo: transformar Belo Horizonte em uma cidade mais justa e inclusiva para todos. Alguns por aqui já me conhecem e outros estão chegando, sou Renata Rosa, cadeirante, mãe solo de três filhos e avó de um neto. Acredito no valor da inclusão porque vivo sua importância no dia a dia”, diz Renata, que é cadeirante, no texto da publicação.
No vídeo anexado ao post, Renata agradece ao Podemos e aos demais partidos da coligação de Viana — DC, PMN e PRTB — por ter sido apontada para a vaga de vice. Ela também cita a presidente estadual do Podemos, a deputada federal Nely Aquino, que defendeu sua indicação para o posto e chegou a travar uma briga pública com o senador por causa do tema.
O Fator procurou a equipe de Viana para saber se o candidato a prefeito quer comentar a publicação da vice indicada pelo partido. Em caso de resposta, este texto será atualizado.
Os três vices de Viana
O nome de Renata Rosa surgiu como opção para a vice de Viana no início deste mês, durante a convenção do Podemos. Antes, a ideia era lançar o empresário Fred Aisc, do DC, como parceiro do senador. Diante da dúvida entre Renata e Aisc, os filiados à legenda decidiram entregar a tarefa de bater o martelo à Executiva municipal da sigla.
Kika da Serra, por sua vez, surgiu como uma terceira opção para o posto. O entorno de Viana garante ter o aval da direção nacional do Podemos para promover a troca, mas a Executiva do partido emitiu nota se afastando da polêmica belo-horizontina.