O Partido Liberal, o mesmo de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, destinou à campanha de Bruno Engler R$ 4 milhões a mais do que à campanha de reeleição de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Os dados estão no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foram consultados na noite desta quinta (19).
A campanha de Engler recebeu R$ 14 milhões do PL, o que corresponde a 92% de suas receitas até agora.
Já a campanha de Nunes recebeu R$ 10 milhões (e outros R$ 15 milhões do MDB).
O vice de Nunes, o ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo, é do PL.
Engler tem a 2ª campanha que mais recebeu do PL este ano. A primeira é a de Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro, que tem uma candidatura para lá de zebra no Rio.
O PL destinou R$ 26 milhões à campanha de Ramagem.
Em terceiro lugar fica André Fernandes (R$ 10,7 milhões) que tem chances reais de ser eleito prefeito de Fortaleza.
Foi de Fernandes a genial ideia de propor uma CPMI do 8 de Janeiro. O tiro saiu pela culatra, com o relatório de Eliziane Gama botando a culpa em Bolsonaro e vários militares de alta patente. Se Fernandes tivesse pedido uma CPI, exclusiva para deputados e sem a participação de senadores, o resultado seria muito diferente.
A campanha de Engler começou a receber transferências do PL antes de Ramagem: duas transferências somando R$ 10 milhões em 23 de agosto. As transferências a Ramagem vieram três dias depois.
Além disso, a campanha de Ramagem empacou e não recebeu mais. Mas o PL fez outros dois aportes na de Engler: R$ 3 milhões em 6 de setembro e mais R$ 1 milhão na sexta passada (13).