A direção do PSB em Belo Horizonte emitiu nota nesta quinta-feira (26) para criticar o apoio dado por candidatos a vereador do partido e ex-dirigentes à candidatura à reeleição do prefeito Fuad Noman (PSD). Segundo a cúpula da legenda, os socialistas estão “unidos” e “engajados” na campanha de Gabriel Azevedo, que concorre pelo MDB e tem Paulo Brant, do PSB, como candidato a vice.
“O PSB reafirma que está unido e fortalecido, comprometido em contribuir de maneira firme e coerente para o futuro do país. Estamos engajados nas eleições de Belo Horizonte por meio de nossa coligação com Gabriel Azevedo (MDB), onde o PSB indicou Paulo Brant como vice em sua chapa. Acreditamos que esta é a melhor proposta para o desenvolvimento da cidade e para a continuidade de um governo progressista e inovador, alinhado com os valores que defendemos”, lê-se no texto, enviado a O Fator.
Na terça-feira (24), os candidatos a vereador Carlinhos da Vila Apolônia, Wallace Mawalli, Roberto Bin-Lade, José Maria da RT Móveis, Franklin Protetor, Pastora Cida e Professor Flávio anunciaram o apoio a Fuad. A posição foi seguida por nomes como o ex-deputado federal Mário Assad Júnior, que presidiu o diretório do PSB em Minas Gerais no ano passado. Assad deixou o partido após uma articulação aprovada pela direção nacional da sigla alçar o deputado estadual Noraldino Júnior ao comando da Executiva estadual.
O ex-deputado Aloísio Vasconcelos, que também passou pelo PSB, foi outro a anunciar apoio à chapa do PSD. O movimento em direção a Fuad também teve a adesão de Waldo Silva, ex-presidente do partido no estado.
“Alguns dos mencionados, como Mário Assad Júnior e Waldo Silva, não possuem mais vínculos com a atual estrutura partidária, e, portanto, suas decisões políticas não refletem a posição oficial do PSB”, disse a direção estadual da sigla.
‘Voto útil’
O apoio dos dissidentes do PSB a Fuad vai ao encontro de uma estratégia encampada por setores da centro-esquerda e da esquerda em prol do chamado “voto útil”. Na avaliação de lideranças, Fuad é, neste momento, o único candidato capaz de impedir um segundo turno entre Bruno Engler (PL) e Mauro Tramonte (Republicanos), filiados a partidos à direita.
O PV, que compõe a federação liderada pelo PT, do candidato Rogério Correia, também passou a defender abertamente o voto em Fuad já em 6 de outubro, data do primeiro turno.