A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou nesta terça (8) projeto de lei que obriga escolas públicas e particulares a oferecer treinamentos regulares contra ataques violentos, inclusive protocolos de ação “como evacuação e abrigo no local”.
A proposta é de autoria de Beto Martins (PL-SC) e teve parecer favorável de Esperidião Amin (PP-SC) – ambos de Santa Catarina, palco de duas chacinas recentes em creches, em Saudades (2021) e Blumenau (2023).
Martins apresentou os ataques como inevitáveis.
“Nós sabemos que essas pessoas, especialmente esses tipos de psicopatas, eles enganam muito bem”, disse o senador.
“Não será um policial na porta da escola que vai assegurar a segurança das crianças. Esse psicopata vai entrar na escola”, acrescentou.
O texto foi aprovado em votação simbólica e segue para a Comissão de Educação.
Depois da chacina de Blumenau, o governo Lula lançou a Operação Escola Segura.
Nessa operação, o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça vem atuando em conjunto com as polícias locais. Segundo o ministério informou a O Fator, com a operação foram realizados “instauração de inquéritos, buscas e apreensões, cumprimentos de buscas e apreensões de adolescentes infratores”.
Nos EUA, 95% das escolas públicas realizam treinamentos contra ataques, que são obrigatórios em pelo menos 40 estados. A ONG Everytown for Gun Safety, que é a favor de mais controle de armas de fogo, afirma que há poucas evidências da utilidade desses treinamentos para impedir os ataques, mas que eles estão associados a mais estresse e ansiedade para os alunos.