Os deputados estaduais de Minas Gerais viveram um momento inusitado nesta quarta-feira (23): a análise de um veto do governador Romeu Zema (Novo) teve os votos de apenas cinco dos 77 parlamentares. O baixo quórum fez com que a votação, ocorrida no plenário da Assembleia Legislativa, fosse cancelada.
Em pauta, estava a decisão de Zema de barrar trecho de um projeto sobre a revisão geral dos salários do funcionalismo. O artigo em questão dá, às oito carreiras da educação estadual, reajuste na mesma periodicidade e no mesmo percentual do piso nacional do magistério.
A oposição, que tentava derrubar o veto, precisava de 39 votos para anular a decisão do chefe do Executivo. Sem conseguir as adesões suficientes para reverter a medida do governador, o grupo optou por deixar o plenário e impedir que o quórum necessário para a votação acontecesse.
Por isso, apenas cinco parlamentares — todos de partidos que estão na base governista — participaram da votação anulada.
Em que pese o fato de o resultado ter sido invalidado, três deles votaram pela manutenção do veto: João Magalhães (MDB), líder do governo, Antônio Carlos Arantes (PL) e Arlen Santiago (Avante).
Bruno Engler (PL), que disputa o segundo turno da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), votou “não”. O posicionamento foi acompanhado por Eduardo Azevedo, seu correligionário e irmão do senador Cleitinho Azevedo, do Republicanos.