Campanha política não se ganha só em período eleitoral

Foto mostra cabine de votação
Hoje ninguém confia em político que aparece só quando quer voto. Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

Vou começar com um meme: achou que campanha política era só no período eleitoral? ”Achou errado, otário!”. Calma, não se sinta ofendido. Este é só mais uma trend desse mundo digital.

Comecei o artigo assim para chamar atenção mesmo. Porque se você quer vencer, o trabalho começa bem antes, com uma presença sólida e consistente, especialmente nas redes sociais, já que a política tradicional, do chamado Horário Eleitoral Gratuito – ou mesmo dos cartazes, santinhos etc. – precisa cumprir uma série de restrições e regras impostas pelo TSE.

Afinal, hoje ninguém confia em político que aparece só quando quer voto. É preciso estar lá, conversando, ouvindo, e mostrando serviço o tempo todo. E não é só sobre postagens ‘bonitinhas’ e plano de mídia corretos, é sobre criar uma conexão real – porque os eleitores querem líderes que vivenciam as suas pautas, não só falar elas.

Sabe aquele papo de mobilização? Pois é, também não adianta montar grupos de WhatsApp em cima da hora. Se o objetivo é engajamento de verdade, é preciso tempo para construir isso.

Grupos criados na correria não geram confiança nem sentimento de comunidade. Imagina um político que aparece do nada, te adiciona num grupo e some depois da eleição. Credibilidade? Zero. O segredo está em manter esses grupos ativos ao longo dos anos, fazendo parte das conversas, das lutas e até das pequenas vitórias do dia a dia.

E, olha, a internet não perdoa! Um vídeo, um comentário ou até um meme de anos atrás, por exemplo, pode virar a bala de prata de um adversário. Nessa eleição mesmo, vimos candidatos sendo “cancelados” por falas antigas que voltaram à tona, destruindo imagens cuidadosamente construídas. Quem não cuida do próprio histórico digital está pedindo para virar alvo.

Em resumo: campanha política é um projeto de longo prazo. A eleição de 2026 já começou, inclusive. Ganhar a confiança do eleitor começa muito antes de pensar em pedir o voto. No Brasil hoje, as redes sociais são fundamentais, mas precisam de presença contínua, autêntica e adequada.

Então, a pergunta que fica é: você vai aparecer só na hora do aperto ou construir algo sólido que dure?

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