O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), viajou a Brasília (DF) para acompanhar a votação, no Senado Federal, do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), nesta terça-feira (17). O governo mineiro é um dos mais interessados na aprovação do texto, uma vez que o débito do estado com a União chegou a estar em R$ 165 bilhões. Para interlocutores do Palácio Tiradentes, a versão atual do texto, com as mudanças feitas pela Câmara dos Deputados, é satisfatória.
O relator no Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pode propor alterações no texto. Mesmo que isso aconteça, na visão de fontes do governo mineiro ouvidas por O Fator, o estado continuará se sentindo contemplado, uma vez que o cerne do Propag — a federalização de ativos estaduais como contrapartida para a redução dos passivos — é bem vista pelo governo de Minas.
Ainda conforme soube a reportagem, há chance de Zema aproveitar a passagem pela capital federal para conversar com Alcolumbre e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é o autor do pacote de refinanciamento dos débitos locais.
Atualmente, Minas paga a dívida com a União por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O objetivo do governo Zema é migrar para o Propag assim que o novo arcabouço for regulamentado. Originalmente, o projeto dá 120 dias após a publicação da lei para que os estados providenciem suas adesões. A Câmara, porém, sugeriu a extensão desse prazo até 31 de dezembro do ano que vem.