Aliados do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) acreditam que os próximos meses serão destinados ao processo de convencimento do parlamentar por uma candidatura ao governo de Minas Gerais. Nessa segunda-feira (17), em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pacheco rechaçou a ideia de assumir um posto na Esplanada dos Ministérios, mas deixou em aberto a possibilidade de concorrer à sucessão de Romeu Zema (Novo).
O plano de interlocutores simpáticos a uma candidatura de Pacheco é mostrar ao senador que uma eventual participação no pleito terá fôlego suficiente para competir com nomes como o vice-governador Mateus Simões (Novo), preferido de Zema para disputar o pleito.
Lula já disse publicamente sobre a intenção de ter Pacheco no palanque do PT em 2026. Nesse cenário, os petistas, ao lado de outras forças de esquerda, apoiariam o senador do PSD, que também teria espaço para construir alianças com setores do centro e da centro-direita.
A ideia de aliados de Pacheco pela intensificação das investidas por uma candidatura está amparada na avaliação de que há poucos nomes capazes de disputar com forças governistas e mais à direita.
Há, também, preocupação com a formação da chapa. Nomes como o do ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira (PSD), por exemplo, buscam com celeridade o avanço sobre 2026 para iniciar trabalhos para as campanhas. Silveira pretende ser candidato ao Senado Federal e acredita que um bom candidato a governador é essencial para ter sucesso nas urnas.
Ainda pelo que a O Fator apurou, até mesmo o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (sem partido), que disputou e perdeu a eleição de 2022 para Zema, voltou a ser comentado como uma possibilidade para a disputa, mesmo que de forma para lá de incipiente.