O governo Zema estuda, em breve, promover mudanças na estrutura da Gasmig. O Fator apurou que o caminho provável é que o atual presidente da estatal, Gilberto Moura Valle Filho, deixe a companhia.
Valle Filho está a frente da Gasmig desde 2021, quando entrou no lugar de Pedro Magalhães Bifano. Sua provável saída passa, inclusive, pelo descontentamento que atores políticos tiveram quando Magalhães deixou a empresa. Uma ala do governo de Minas, no entanto, ainda defende a permanência do empresário.
Uma reunião do Conselho de Administração da Gasmig está marcada para a próxima quinta-feira (11) para tratar sobre este e outros assuntos. A propósito, a companhia tem vivido dias conturbados nos bastidores, entre o afastamento de diretores, investigações e acusações mútuas entre interlocutores.
Na mesma reunião, a Gasmig deve aprovar a saída do ex-ministro Marcos Montes do cargo de Diretor Administrativo. Montes vai mesmo ser nomeado como Vice-Presidente de Relações Institucionais da Cemig – o cargo ainda será criado pela estatal, mas a ida do ex-ministro de Bolsonaro já está mais do que carimbada.
Gestão
No início de 2024, ainda na gestão de Valle Filho, a Gasmig anunciou seu maior investimento nos últimos 10 anos. De acordo com a companhia, serão investidos R$ 1,2 bilhão entre 2023 e 2027 em projetos de expansão e modernização de sua rede de distribuição. O plano de investimentos da Gasmig tem como principais objetivos:
- Ampliar a rede de distribuição de gás natural em 1.800 quilômetros, atingindo novos municípios e regiões do estado.
- Instalar 180 mil novos medidores residenciais e comerciais, aumentando o número de clientes atendidos.
- Modernizar e reforçar a infraestrutura existente, garantindo a segurança e confiabilidade do fornecimento de gás.
A Gasmig é uma empresa do Estado tendo a Cemig como principal acionista – 99,57%. O município de Belo Horizonte possui os 0,43% restantes.