Marina Silva estará em BH nesta quinta (11). Ela participa de evento no Hotel Royal Center com a deputada estadual Ana Paula Siqueira (Rede) e o deputado federal Rogério Correia (PT), pré-candidato a prefeito.
Talvez alguém no encontro queira perguntar à ministra sobre o ‘fracking’, que a ONG ambiental Instituto Arayara já chamou de “maior ameaça ambiental” enfrentada pelo Brasil.
O fraturamento hidráulico, praticado nos EUA e na Argentina, entre outros países, traz enormes impactos ambientais – além de abrir novas fontes de gás e petróleo, contribuindo para o aquecimento global e as mudanças climáticas.
No Brasil, por incrível que pareça, o lobby do agro é aliado dos ambientalistas nessa questão. Com apoio dos agricultores, Paraná e Santa Catarina aprovaram leis proibindo o ‘fracking’. Uma das razões é que a técnica usa (e contamina) muita água, prejudicando lavouras e adoecendo os animais.
A Assembleia Legislativa do Mato Grosso também aprovou projeto proibindo o ‘fracking’, mas o governador Mauro Mendes (União Brasil) vetou na semana passada, entendendo que o uso de recursos minerais é de competência da União.
Outro evento recente: também na semana passada, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) apresentou parecer em projeto para proibir o ‘fracking’ nacionalmente.
O Ministério de Minas e Energia, chefiado pelo mineiro Alexandre Silveira, mantém o Edital Poço Transparente, aberto no governo Bolsonaro para receber propostas de ‘fracking’ no Brasil.
Marina Silva e seu ministério permanecem completamente calados sobre o ‘fracking’. Quem diria: até agora, ao menos nesse assunto, o agro fez mais pelo ambiente do que Marina.