Três deputados federais por Minas Gerais assinaram o ofício sigiloso enviado à Casa Civil citado por Flávio Dino na decisão desta segunda (23) de abrir inquérito da Polícia Federal.
São eles: Fred Costa, líder do PRD; Luis Tibé, líder do Avante; e Odair Cunha, líder do PT.
O ofício, datado de 12 de dezembro, foi revelado pela revista piauí no dia 16.
O texto inclui uma planilha de 185 páginas, com 5.449 emendas parlamentares somando R$ 4,2 bilhões. Dino suspendeu os pagamentos.
No texto, 17 líderes da Câmara dizem que “ratificamos as indicações que foram previamente encaminhadas aos Ministérios pelas Comissões desta Casa”.
No entanto, na petição ao STF, o PSOL mostrou que o ofício foi assinado “sem aprovação prévia e registro formal pelas comissões”.
E nem poderia ser de outra maneira. No mesmo 12 de dezembro em que o ofício foi enviado Arthur Lira fechou todas as comissões até o fim do ano com uma canetada só, proibindo qualquer reunião.
Os líderes partidários que assinaram o ofício, portanto, atropelaram as comissões.
Ao STF, o partido Novo afirmou que “[o] ofício de 12.12 demonstra que as comissões serviriam apenas como biombo para indicações de líderes partidários, ocultando os reais autores de emendas. Foi exatamente isso que ocorreu, com indicação direta sem qualquer deliberação das comissões”.
Fred Costa disse a O Fator que prefere “não participar de polêmica” e não entrar “com qualquer tipo de opinião”.
Também procurados, Luis Tibé e Odair Cunha não responderam às nossas perguntas.
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