A apreensão de celular que resultou na operação da PF contra mineração ilegal em BH

PF e PRF foram surpreendidas por capangas, que tiveram o telefone apreendido
Os investigados poderão responder pelos crimes de extração mineral ilegal e usurpação de bem da União e também por associação criminosa. Foto: Divulgação
Os investigados poderão responder pelos crimes de extração mineral ilegal e usurpação de bem da União e também por associação criminosa. Foto: Divulgação

Na madrugada desta quinta-feira (19), a Polícia Federal (PF), em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), deflagrou uma operação de grande porte contra a extração ilegal de minério na região de Nova Lima e Itabirito, em Minas Gerais.

A ação, batizada de “Operação SOS-040”, foi o resultado de uma investigação minuciosa que teve início de forma inusitada.

O ponto de partida

Tudo começou com denúncias de mineração irregular na região da BR-040. A PF, em parceria com a PRF, iniciou incursões noturnas para investigar as alegações. Durante uma dessas rondas, uma viatura descaracterizada foi abordada por dois veículos, numa clara tentativa de intimidação por parte de capangas ligados à mineração ilegal.

O confronto e a descoberta crucial

Os ocupantes dos veículos suspeitos exigiram saber quem estava rondando a área. Diante da situação tensa, os policiais solicitaram apoio da PRF. Na sequência dos eventos, um dos veículos conseguiu fugir, mas o outro foi interceptado. Foi neste momento que ocorreu a apreensão que mudaria o rumo da investigação: um telefone celular foi confiscado de um dos ocupantes do veículo capturado.

A análise que revelou tudo

A análise forense do aparelho celular apreendido foi o ponto de virada. Os investigadores descobriram evidências de um esquema extenso de extração ilegal de minério. O conteúdo do celular revelou uma rede complexa envolvendo diversos atores:

  • Contratantes de operadores
  • Operadores de escavadeiras
  • Empresas compradoras do minério extraído ilegalmente

As empresas envolvidas

As investigações apontaram para empresas sediadas em Itabirito e Sete Lagoas, caracterizadas como de menor porte e não tão conhecidas publicamente. Importante ressaltar que, segundo as informações obtidas, estas não são as grandes mineradoras que atuam na região da Serra do Curral.

Desdobramentos da operação

Como resultado das descobertas, a Justiça Federal expediu 18 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em diversas cidades de Minas Gerais, incluindo Sete Lagoas, Itabirito, Contagem, Pedro Leopoldo, Nova Lima, Itabira e Belo Horizonte.

Além disso, 19 veículos de carga utilizados nas atividades ilegais foram sequestrados e apreendidos. Duas empresas em Itabirito, que operavam sem o devido licenciamento ambiental para o tratamento de minério de ferro, tiveram suas atividades suspensas.

O que vem pela frente

O inquérito ainda está em andamento e sob sigilo. Os envolvidos poderão responder por crimes de extração mineral ilegal, usurpação de bem da União e associação criminosa.

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