A divergência interna na PBH: atuar ou não na eleição pelo comando da Câmara

Vice-prefeito quer posição do Executivo na eleição da Câmara, mas secretário defende distância
Posição do Executivo na eleição da Câmara tem sido debatida. Foto: Divulgação
Posição do Executivo na eleição da Câmara tem sido debatida. Foto: Divulgação

O vice-prefeito eleito Álvaro Damião (União Brasil) tem defendido, internamente, que o Executivo não pode “ficar alheio” à eleição da Mesa Diretora da Câmara de Belo Horizonte, mas escutou de membros do primeiro escalão da prefeitura que a posição defendida por Fuad Noman (PSD), de não se envolver na disputa, é a melhor saída.

Pelo que O Fator apurou, quem mais tenta convencer Damião a não se envolver na eleição da Mesa Diretora é o secretário de Governo, Anselmo Domingos. Na avaliação do ex-deputado, que cuida das relações entre a prefeitura e a Câmara, uma investida do Executivo na disputa pode gerar atritos, como foi em 2023, quando o grupo governista perdeu para Gabriel Azevedo (MDB) e aliados do secretário Marcelo Aro.

A posição de Domingos também passa pela boa relação que ele possui com o vereador Juliano Lopes (Podemos), nome defendido por um grupo de 23 parlamentares que anunciaram apoio ao nome do colega para presidir a Casa. Anselmo foi o primeiro “padrinho” de Juliano na política, apoiando o vereador em sua primeira eleição, em 2016.

Se depender puramente da decisão de Fuad, a prefeitura seguirá com o que Anselmo Domingos defende: sem intromissão no processo da Câmara.

Leia também:

BHP Brasil anuncia novo presidente

Deputados adiam votação de projeto que aumenta bancada de MG

Após calotes, governo de Minas adota nova tática para acordos de leniência

Veja os Stories em @OFatorOficial. Acesse