Interlocutores do governo de Minas e da Assembleia Legislativa (ALMG) iniciaram, nesta segunda-feira (11), uma espécie de força-tarefa para definir a destinação de recursos de emendas parlamentares. Consultores técnicos visitaram gabinetes dos deputados para apresentar o “portfólio de emendas”, documento que indica áreas prioritárias para investimentos.
O Executivo tenta focar boa parte das emendas em programas de infraestrutura, especialmente na restauração e manutenção de rodovias. A ideia da gestão Zema é direcionar recursos para o sistema viário do estado, proposta que tem encontrado receptividade entre os parlamentares. O programa educacional Trilhas de Futuro também integra a lista de prioridades do governo.
A ALMG, por sua vez, estabeleceu como foco o enfrentamento às crises climáticas. A Casa realizou, ao longo de 2024, seminários e uma caravana que percorreu todas as regiões do estado para identificar soluções contra eventos climáticos extremos. Em parceria com instituições de pesquisa, foram mapeadas estratégias como construção de barraginhas e estruturas de contenção de encostas.
O presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), tem defendido a pauta climática como prioridade de sua gestão. Minas é o único estado brasileiro que registra, em um mesmo ano, ocorrências de estiagem severa, tempestades, geadas e vendavais.
Os deputados têm até 21 de novembro para apresentar emendas ao Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2024-2027 e à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025. Cada parlamentar pode indicar emendas individuais de até R$ 23.916.737,00, sendo R$ 11.958.369,00 destinados obrigatoriamente à saúde e R$ 11.958.368,00 para livre utilização.