A visita da Vale e da BHP Billiton ao presidente do STF

Representantes das mineradoras vão se reunir com Barroso na reta final das negociações pela repactuação
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso
Barroso é um dos mais atuantes pela repactuação de Mariana. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio à reta final das negociações pela repactuação do acordo de Mariana, o ministro Luís Roberto Barroso vai receber, na tarde desta quarta-feira (9), visitas de peso das mineradoras Vale e BHP Billiton.

O encontro está previsto para acontecer às 16h, no gabinete da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Participam da reunião, além de Barroso, o CEO da BHP Austrália, Mike Henry, a General Counsel da BHP, Caroline Cox, Emir Calluf, também da BHP, e Alexandre D’Ambrosio e Murilo Muller, representando a Vale.

Como já mostrou O Fator, Barroso é um dos principais entusiastas das negociações pela repactuação de Mariana, que pretende reaver o acordo firmado em 2017 para reparar os danos pelo rompimento da barragem gerida pela Samarco, em novembro de 2015. A Samarco é controlada por Vale e BHP.

Em agosto, Barroso chegou a revelar a terceiros que defendeu a Lula (PT) que a assinatura da repactuação não passasse de outubro “de jeito nenhum”.

Agora vai… será?

As negociações pela repactuação já duram anos e, por várias vezes, estiveram próximas a um acordo. Dessa vez, a questão parece sem volta, mas a data especulada para a assinatura já mudou algumas vezes. Inicialmente, queriam em 6 de setembro. Depois, após o primeiro turno das eleições, 7 de outubro. Agora, uma nova previsão para o final de outubro.

A propósito, apesar de estar reta final por um acordo, o texto da repactuação ainda não está 100% “fechado”, mas faltariam poucos detalhes para sua conclusão, “pequenas ajustes em alguns temas, mas sem nenhuma grande discussão”.

No mês passado, a Samarco e a Vale chegaram a fazer reuniões com Zema e com outros secretários do governo mineiro, já visando situações para o cenário pós-repactuação.

O texto final está sendo redigido por representantes da União, Minas, Espírito Santo e MP’s, e com as empresas Vale, Samarco e BHP Billiton.

A repactuação deve girar em torno dos R$ 137 bilhões, sendo destes R$ 37 bilhões alegadamente já gastos pela Fundação Renova.

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