Inelegíveis por terem tido os mandatos cassados, alguns ex-vereadores de Belo Horizonte vão apostar em parentes para tentar, de alguma forma, retornar à Câmara Municipal.
O caso mais aparente é o do ex-presidente da Câmara Wellington Magalhães, cassado em 2017 por quebra de decoro parlamentar por ter sido alvo de operação policial e preso durante as investigações sobre supostas irregularidades cometidas por ele na época em que presidia a Casa. O ex-vereador tem participado ativamente na pré-campanha de sua irmã, a ex-deputada estadual Arlete Magalhães (PMB).
Wellington tem condenações na Justiça, mas ainda batalha nos tribunais para reverter e retomar seus direitos políticos.
Já o ex-vereador Cláudio Duarte, cassado em 2019 também por quebra de decoro parlamentar, resolveu lançar o irmão, Ednaldo Duarte (Solidariedade). Cláudio teve o mandato cassado depois de ser investigado por um suposto esquema de rachadinha em seu gabinete. Ele não chegou a ser condenado na Justiça, mas os vereadores, na época, instauraram um processo de cassação e acabaram tirando a cadeira do parlamentar.
Em 2021, Duarte assinou um acordo com o MP de Minas para encerrar o inquérito por rachadinha. Em troca, confessou a prática do crime, pagou multa civil, ficou proibido de exercer cargo público por oito anos, de contratar com o poder público por cinco anos, de receber incentivos fiscais ou creditícios por cinco anos, de possuir ou portar arma de fogo por oito anos e obrigado a prestar serviço à comunidade.
Há, ainda, o caso do ex-vereador Valdivino. Embora não tenha sido cassado quando atuava na Câmara, o ex-parlamentar também está inelegível e, por isso, decidiu lançar o filho, Klézio do Valdivino(Agir). Em 2020, ele teve uma condenação criminal por motivos alheios à política, mas que o deixaram inelegível por conta da lei da Ficha Limpa.