Os moradores de Bertópolis, no Vale do Mucuri, irão às urnas duas vezes em quatro meses para escolher prefeito e vice. A chapa vencedora nas eleições de 2020 foi cassada em março deste ano, sob a acusação de abuso de poder político e econômico na campanha. As eleições suplementares foram marcadas para 9 de junho. Porém, em outubro, um novo pleito acontece para a gestão da cidade entre 2025 e 2028.
O processo de cassação do agora ex-prefeito Aristides Angelo Rossi Depolo (PSD), e do ex-vice, José Pinto Coelho (PTB), se arrastou por mais de três anos. Os dois foram acusados de realizar doações irregulares de lotes de terreno pertencentes ao Município de Bertópolis, bem como de serviços e insumos para construções de currais e reformas de casas.
Nessa terça-feira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) apresentou o calendário eleitoral para a escolha do prefeito e do vice. Enquanto não há candidatos eleitos e empossados nas novas eleições, o presidente da Câmara Municipal continua respondendo pelo Executivo municipal.
Segundo o TRE, o prefeito eleito na eleição suplementar de junho vai apenas completar o mandato já em curso. O eleito em outubro de 2024 assumirá a prefeitura de 2025 até 2028.
Outras eleições suplementares
Outras nove cidades mineiras realizaram novas eleições após 2020: Em 2021 – Campestre e Espera Feliz (13 de junho); São Gonçalo do Sapucaí (4 de julho); Antônio Carlos e Ibertioga (1º de agosto) e Pedra do Anta (12 de setembro);
Em 2022 – Japaraíba (3 de abril) e Divisa Alegre (11 de dezembro – primeira suplementar). Em 2023, Lamin (6 de junho) e Divisa Alegre (2 de julho – segunda suplementar). Em Divisa Alegre, a primeira eleição suplementar (11 de dezembro de 2002) foi anulada pelo TRE, sendo necessária a segunda suplementar (2 de julho de 2023).