Uma possível candidatura do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) ao governo de Minas Gerais no ano que vem esteve em pauta durante conversa do ex-presidente Jair Bolsonaro com lideranças do PL mineiro na semana passada, em Brasília (DF). Participaram no encontro o deputado estadual Bruno Engler e o vereador belo-horizontino Vile dos Santos. Cleitinho, que é próximo dos dois parlamentares, também compareceu.
A O Fator, Vile afirmou que Bolsonaro sinalizou positivamente a uma eventual candidatura de Cleitinho ao Palácio Tiradentes. O cenário para o apoio do PL ao congressista, entretanto, tem o deputado federal Nikolas Ferreira como o postulante da chapa ao Senado Federal.
“Foi mais uma conversa para atualizar algumas pautas. Dentro do PL, vemos a possível candidatura do senador Cleitinho para o governo como uma boa alternativa caso o deputado federal Nikolas Ferreira seja candidato ao senado. Nikolas e Cleitinho são dois ótimos nomes. O senador Cleitinho tem, inclusive, um convite oficial para se filiar ao nosso partido. Nossa ideia é termos candidaturas próprias tanto para o governo quanto para o Senado”, disse.
Na semana passada, o deputado federal Gilberto Abramo, um dos principais interlocutores do Republicanos em Minas, garantiu ver com naturalidade a aproximação de Cleitinho aos correligionários de Bolsonaro.
Apesar da hipótese de endossar Cleitinho, uma ala do PL não descarta eventual apoio ao vice-governador Mateus Simões (Novo), nome preferido do governador Romeu Zema (Novo) para concorrer ao Palácio Tiradentes. Para isso, entretanto, a avaliação é que o Novo precisaria buscar uma reaproximação aos liberais, uma vez que nos últimos meses houve distanciamento na relação.
Recentemente, em um movimento que deu fôlego à ala do PL que defende uma candidatura própria, o partido desembarcou da base de Zema na Assembleia Legislativa. Embora a agremiação não pretenda fazer oposição, optou por constituir uma bancada independente, liderada por Bruno Engler.
O encontro entre Bolsonaro, Engler, Cleitinho e Vile, a propósito, também serviu para debater estratégias de resposta à denúncia enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. O ex-presidente é acusado de golpe de Estado, mas nega a acusação e traça táticas para se defender.