Cedê Silva
A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara realiza na manhã desta quarta (13) audiência sobre a venda de ‘vapes’ – o comércio do produto é ilegal no Brasil. Confirmaram presença vários nomes de grandes players da indústria do fumo.
Estão entre os nomes confirmados, segundo o site da Câmara, representantes da BAT Brasil (antiga Souza Cruz), da Philip Morris Brasil (dona da marca Marlboro) e da japonesa JTI (dona das marcas Camel e Winston).
A Philip Morris Brasil lançou no fim de 2023 a campanha Quero Escolher, com o objetivo aberto de legalizar os cigarros eletrônicos. No começo deste ano, a campanha chegou a pagar por impulsionamento de conteúdo no Twitter.
O requerimento da audiência de hoje é de autoria do deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS).
No texto, Schuch argumenta que o Brasil perde arrecadação ao manter ilegal o comércio dos ‘vapes’, e cita um estudo da FIEMG, encomendado pela BAT Brasil, segundo o qual a legalização do comércio criaria empregos e aumentaria a arrecadação.
Segundo a versão mais recente do estudo assinado pela FIEMG, divulgada em abril deste ano, a importação de ‘vapes’ poderia render R$ 3,4 bilhões por ano em impostos se o comércio for legalizado.
O requerimento de Schuch não cita a palavra “saúde” uma única vez.
