O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pautou para esta quarta (4) o projeto de lei que legaliza cassinos e o jogo do bicho no Brasil.
O texto está na ordem do dia da sessão do plenário, que começa às 14h.
Pacheco tinha anunciado na quinta passada (28), depois reunião de líderes, que o projeto dos cassinos estaria na pauta de quarta. Dito e feito.
O projeto foi aprovado na Câmara em uma madrugada de fevereiro de 2022 – a mesma noite em que a Rússia deflagrou a invasão total da Ucrânia.
Em junho deste ano, passou na CCJ do Senado com placar apertado: 14 x 12.
Dos quatro senadores petistas presentes, três votaram a favor. Apesar disso, Lula tentou se eximir da responsabilidade pela eventual aprovação dos cassinos.
Antes da votação, Carlos Viana (Podemos-MG), que é contra a legalização, apostava que o projeto seria derrotado, dada a repercussão negativa sobre as ‘bets’.
“O assunto hoje no País é ‘nós somos contra o jogo’. Sociedades como a nossa, que passam por crises como a que nós estamos passando, de emprego, de trabalho, de ensino, são sociedades que quando têm jogo aberto são sociedades destruídas”, disse Viana em junho.
Em maio, Cleitinho (Republicanos-MG) também disse ser contra a proposta. “Eu vou trabalhar para votar contra. Eu espero que os senadores que estão membros da CCJ tenham a consciência de barrar esse projeto por lá, porque não precisa nem vir para cá”, disse.
O relator do projeto no Senado é Irajá (PSD-TO), filho de Kátia Abreu.
Irajá e o também senador Flávio Bolsonaro viajaram juntos a Miami e Las Vegas em janeiro de 2020, com diárias pagas pelo Senado em missão oficial, para tratar de assuntos “de turismo e cassinos”, como publicou na época o empresário salvadorenho Mario Guardado, que há muitos anos faz publicamente lobby pela legalização dos cassinos no Brasil.
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