“Projetos como este unem os benefícios para a população vulnerável e o meio ambiente”. Foi assim que o promotor coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto, descreveu o ReciclaBelô. O projeto conseguiu retirar das ruas no Carnaval 30 toneladas de materiais recicláveis.
De 10 a 13 de fevereiro, o projeto envolveu mais de 240 catadores, que receberam kits com equipamentos de proteção individual (EPI) e tiveram à disposição água, alimentação, áreas de descanso e acesso exclusivo a banheiros nesses pontos de apoio. Eles puderam utilizar três pontos de referência na capital: no Centro, na Savassi e no Bairro Santa Tereza.
O projeto foi contemplado pelos promotores de Justiça com atuação na área ambiental, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Plataforma Semente. Foram investidos R$ 592 mil, recurso proveniente de medidas compensatórias ambientais. A iniciativa foi idealizada por associações de catadores.
Além do material de trabalho, os catadores receberam, a cada 30 quilos de material coletado, uma remuneração diária de R$ 150, somada à própria venda dos recicláveis nos dias de festa.
Após separado, o material recolhido pelos catadores deverá ser transformado pela indústria da reciclagem.