O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu nesta quinta (4) a decisão de seu grupo de trabalho de retirar os caminhões do Imposto Seletivo – que incidirá sobre todos os outros veículos, inclusive carros elétricos.
“Atividade produtiva, gente. O Brasil é um país rodoviário, 85%”, disse Reginaldo durante entrevista coletiva transmitida ao vivo pela TV Câmara.
Os números da Secretaria Nacional de Trânsito e da CNT são mais modestos.
Uma publicação do Ministério dos Transportes de 2020 estimava que “cerca de 75% de todas as mercadorias que são movimentadas pelo território brasileiro utilizam o modal rodoviário”.
Já a CNT, em pesquisa publicada no fim de 2023, concluiu que o o transporte rodoviário é “responsável pelo deslocamento de 65% das cargas”.
Mais do que os números chama atenção a justificativa do deputado.
Os carros dos motoristas de aplicativo e as motocicletas dos entregadores também não servem para “atividade produtiva?”.
No projeto original entregue aos deputados por Haddad, os caminhões estavam no imposto seletivo. Se saíram de lá – uma das poucas mudanças no texto – é porque o lobby foi pesado.