A Vale terá que transferir R$ 66 milhões para a melhoria estrutural dos parques nacionais que ficam em Minas Gerais. O recurso é decorrente das multas ambientais aplicadas à mineradora pelos danos provocados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH. A Justiça Federal autorizou a transferência, após um acordo.
Os valores serão repassados ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e serão destinados aos seguintes parques: da Canastra, do Caparaó, da Serra do Cipó, da Serra do Gandarela, Cavernas do Peruaçu, Grande Sertão Veredas e das Sempre-Vivas.
Os recursos serão aplicados em infraestrutura básica, como sinalização, demarcação e desenvolvimento socioeconômico do entorno das áreas verdes. Os projetos deverão ser executados no prazo de 36 meses.
Milhões em multas
Desde o rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019 – tragédia que deixou 270 mortos, entre as vítimas duas grávidas – a Vale recebeu R$ 250 milhões em multas pelos danos provocados, como a contaminação da bacia do Paraopeba e a interrupção do abastecimento.
Um acordo firmado em 2020 determinou o repasse de R$ 150 milhões aos parques nacionais de Minas Gerais. Os outros R$ 100 milhões são para projetos que beneficiem cidades mineiras, com foco no avanço nas áreas de saneamento básico, coleta de resíduos sólidos e estruturação de áreas verdes urbanas. O Ministério do Meio Ambiente ficará responsável por escolher os investimentos.