Se é verdade que existe o ‘terceiro turno’ das eleições, momento em que, logo após o resultado das urnas, um governo é posto à prova para se mostrar viável – ou não -, a aprovação em primeiro turno da Reforma Administrativa enviada pelo prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) deixou sinais.
Um deles é que os vereadores que irão fazer oposição ao segundo governo Fuad precisarão discutir sua estratégia. A reforma demorou pouco mais de uma hora para ser aprovada em primeiro turno.
Enquanto os vereadores Bráulio Lara e Fernanda Altoé, do Novo, se esforçavam para adiar a votação do projeto, o líder do governo, vereador Bruno Miranda (PDT), reforçava o discurso de que o texto da reforma não aumenta os gastos, mas sim realoca a destinação dos recursos orçamentários da Prefeitura.
Quando chegou a hora de votar, vitória incontestável do prefeito no ‘primeiro round’ do pós-eleições. Com 35 votos a favor e 4 contra, a reforma foi aprovada e em dezembro voltará ao plenário para a votação em segundo turno.
O resultado, na visão de alguns vereadores, oferece munição suficiente para uma mudança de rumos na sucessão da presidência. Se ao prefeito ainda resta alguma dúvida sobre a viabilidade de atuar na composição da Mesa Diretora, nos corredores da Câmara já se cogita que essa dúvida pode dar lugar a um princípio de ‘articulação’.