O governo federal brasileiro tem demonstrado uma insaciável ânsia por aumentar taxação e ter um aumento da arrecadação tributária, ampliando a base de contribuintes e elevando alíquotas. Um exemplo claro é a recente reforma tributária que propõe uma alíquota de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de 28%, a mais alta do mundo, superando a Hungria, que atualmente aplica 27%. Além disso, a taxação de fundos exclusivos e as polêmicas em torno do monitoramento do PIX, com a fiscalização de movimentações acima de R$ 5.000, mostram que a vontade do governo é sempre de taxar e taxar.
Paralelamente, os gastos públicos seguem uma trajetória descontrolada. O déficit fiscal estrutural atingiu -1,41% do Produto Interno Bruto (PIB) potencial nos três primeiros trimestres de 2024, evidenciando a falta de controle nas despesas governamentais. A ausência de austeridade e a manutenção de gastos supérfluos comprometem a saúde financeira do país, colocando em risco sua solvência a longo prazo.
Esse descontrole fiscal tem consequências diretas na economia. A inflação, impulsionada pelo elevado endividamento público, corrói o poder de compra das famílias. Além disso, a crise de confiança no IBGE, decorrente de suspeitas sobre manipulação de dados, gera insegurança nos agentes econômicos e compromete a credibilidade das estatísticas oficiais. O governo, em vez de reconhecer a responsabilidade governamental, atribui a culpa às empresas e aos consumidores, numa retórica similar à do ex-presidente José Sarney durante a crise inflacionária dos anos 1980.
As empresas estatais, que poderiam ser fontes de receita por meio da distribuição dos lucros ou da própria venda do ativo, acumulam prejuízos significativos. A má gestão e a interferência política resultam em balanços negativos, onerando ainda mais o contribuinte que, em última instância, arca com esses déficits.
Internamente, a violência urbana e o crime organizado avançam sem controle. Dados recentes apontam para um aumento alarmante nos índices de criminalidade, refletindo a ineficácia das políticas de segurança pública e a falta de investimentos em áreas essenciais. O assassinato à sangue frio do ciclista em São Paulo por um celular é mais um triste exemplo não isolado do que se passa no Brasil. Estados como Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte vivem ondas de violência constantes. Mais uma vez, a população se sente desamparada e refém da violência, não havendo qualquer tipo de resposta efetiva do governo federal no combate ao crime organizado.
Consequentemente, a popularidade do atual governo está em declínio. Lideranças de direita, como Romeu Zema e Tarcísio de Freitas, ganham força no cenário político, apresentando-se como alternativas viáveis para a próxima eleição. Pesquisas recentes indicam uma crescente preferência do eleitorado por propostas que enfatizam governos comprometidos com a melhora da economia real e com a diminuição da violência.
O mercado financeiro já precifica um futuro político com troca de comando em Brasília. Investidores demonstram ceticismo em relação às políticas econômicas atuais, ajustando suas expectativas e direcionando recursos para ativos menos expostos ao risco brasileiro.
Se nada mudar, o país enfrentará um agravamento da crise fiscal, maior fuga de investimentos e um colapso social iminente. A necessidade de uma guinada política e econômica é urgente, e a população já demonstra que está pronta para uma mudança de rumo.