Opinião, Kertzman: o amor acabou, e faz tempo

Se Belzonte não é o Monte Olimpo, morada dos deuses gregos, Aro e Gabriel talvez sejam os titãs da política local
Marcelo Aro e Gabriel Azevedo protagonizam disputa política feroz em BH
Marcelo Aro e Gabriel Azevedo protagonizam disputa política feroz em BH (Foto: CMBH/Divulgação)

Titanomaquia, na mitologia grega, foi a guerra entre os titãs, liderados por Cronos, contra os deuses olímpicos, liderados por Zeus, que definiu o domínio do universo. 

Tudo começou quando Urano se casou com Gaia, a Terra, e tiveram doze filhos, sendo seis mulheres e seis homens — chamados de titãs. Ao final, Zeus conseguiu vencer Cronos após resgatar seus irmãos em uma luta fratricida que durou dez anos.

Sou expert em mitologia grega ou culto pacarai? Bobagem! Uma breve pesquisa bem-feita e o mestre Google me socorrerá em quase tudo, hehe.

OLIMPO, QUE NADA

Belo Horizonte, já há alguns meses, tornou-se palco de uma disputa feroz entre dois conhecidos personagens políticos locais: o secretário de Casa Civil do governo de Minas, Marcelo Aro, e o presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel  Azevedo

Se Belzonte não é o Monte Olimpo, morada dos deuses gregos, Aro e Gabriel talvez sejam os titãs da política local, afinal, nenhum outro agente público conseguiu mobilizar tantos partidos e políticos como os dois, recentemente. 

O mais recente round desta disputa se deu pela Presidência do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) em Belo Horizonte. Em apenas uma semana, a legenda esteve nas mãos de Gabriel, através de seu assessor Guilherme Barcelos, o Papagaio, conforme noticiou O Fator; mudou para as mãos de Marcelo Aro após este emplacar Wellington Aguilar, assessor da vereadora Professora Marli, sua mãe, em substituição a Papagaio, também noticiado pelo O Fator; e depois, outra vez, através de uma liminar concedida pela Justiça Eleitoral, retornou a Papagaio, digo Gabriel Azevedo, como também – sempre! – noticiou O Fator.

VIRA- VIRA 

A reviravolta, a despeito das questões jurídico-eleitorais, esteve também relacionada ao movimento de assédio da PBH – de onde, diga-se, Aro foi “retirado” depois que o prefeito Fuad Noman exonerou quatro secretários indicados seus – a pré-candidatos do PSD e da Federação PSDB-Cidadania. 

Tal assédio causou bastante desconforto entre as lideranças dos partidos federados (ler abaixo), e Gabriel, atento, não apenas se aproveitou da possível irregularidade na troca de Papagaio por Wellington – por isso a ação judicial – como selou um pacto (ainda provisório) com a referida Federação, montando uma robusta chapa de candidatos à CMBH, deixando Aro em momentânea desvantagem.

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