STF começa a analisar liminar que estendeu suspensão da dívida de Minas

Plenário virtual da Corte vai decidir se referenda liminar de Edson Fachin que ampliou suspensão da dívida até agosto
Fachada do Supremo Tribunal Federal.
Julgamento virtual sobre a liminar da dívida começou nesta sexta e vai até o dia 23. Foto: Pedro França/Agência Senado

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar no plenário virtual, nesta sexta-feira (16), uma das liminares sobre a suspensão das parcelas da dívida de Minas Gerais com a União. Os ministros vão decidir se referendam uma decisão do vice-presidente da Corte, Edson Fachin, que em julho determinou a prorrogação, até 1° de agosto, da decisão cautelar que posterga a necessidade de o governo do estado pagar o débito, de R$ 165 bilhões.

Depois da decisão de Fachin, o ministro Kassio Nunes Marques estendeu, até 28 de agosto, a liminar que suspende o passivo. Essa decisão será analisada exatamente no dia 28, quando o mérito da interrupção dos pagamentos será julgado.

Os ministros poderão se manifestar a respeito da liminar de Fachin no plenário virtual até o próximo dia 23. Até o início da tarde desta sexta-feira, nenhum deles havia se posicionado.

As parcelas da dívida mineira estão suspensas desde o fim de 2018. Desde então, a decisão tem sido sucessivamente prorrogada. O governo de Romeu Zema (Novo) sinalizou, à União, a intenção de retomar os pagamentos a partir de 1° de outubro.

A ideia do Palácio Tiradentes é voltar a pagar as parcelas como se o estado tivesse aderido ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O pedido foi feito ao Supremo. Caso o STF homologue a entrada de Minas no RRF, um prazo de 60 dias passa a contar para o início do pagamento da dívida. Por isso, a menção a 1° de outubro. Se houver a homologação, não seria preciso, por exemplo, aprovar, na Assembleia Legislativa, o projeto que estabelece um teto de gastos públicos para o estado.

Outro pedido é para que a homologação do RRF não atrapalhe uma eventual — e provável — migração para o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), aprovado pelo Senado Federal nesta semana. O texto tem a federalização de ativos dos governos locais como pilar para o refinanciamento das dívidas dos estados.

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