A revolta do Psol de Ipatinga com os valores do fundão eleitoral

Direção municipal do partido diz que cúpula estadual quer repassar apenas R$ 2 mil para bancar candidatura a prefeito
A quantia foi classificada como “depreciação”, “desrespeito” e “acinte” | Crédito: Redes Sociais Divulgação

A direção do Psol em Ipatinga, no Vale do Aço, está às turras com a executiva do partido em Minas Gerais. O diretório municipal acusa o nível estadual da agremiação de querer repassar apenas R$ 2 mil do fundo eleitoral para a campanha de Doutor Michael Ribeiro, que representará os pessolistas na disputa pela Prefeitura de Ipatinga.

Mensagens obtidas por O Fator mostram lideranças do Psol de Ipatinga questionando o valor que teria sido decidido pela direção estadual. Em um dos textos, a quantia é classificada como “depreciação”, “desrespeito” e “acinte”. Além das cifras, a direção estadual da sigla teria, segundo o relato, oferecido “papel, assessoria jurídica e contábil”.

Michael se lançou candidato após uma intervenção da direção nacional do PT retirar a candidatura a prefeita de Lene Teixeira, que foi chefe de gabinete do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. A decisão serviu para garantir o apoio dos petistas a Nardyello Rocha (PSB). Como o Psol descartou de pronto se aliar a Nardyello, tido como um quadro que não se alinha às diretrizes do partido, a solução foi construir uma chapa própria.

Voto de silêncio

Apesar da divergência entre o diretório local e a direção estadual do partido, interlocutores do Psol de Ipatinga ouvidos pela reportagem preferiram não fazer críticas à distribuição do fundo eleitoral da legenda.

“Essa é uma questão que preferimos tratar no interior do partido e em outro momento”, afirmou uma fonte.

O Fator tentou contato com Thaís Console, presidente do Psol mineiro, para comentar a alegação de interlocutores do partido em Ipatinga, mas não houve retorno. Em caso de resposta, este texto será atualizado.

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