Repactuação do acordo de Mariana pode ter assinatura ‘adiada’ mais uma vez

Membros da mesa de negociação tentam levar para o final de outubro acerto do texto final
Foto mostra área atingida pelo rompimento da barragem de Fundão
O rompimento da barragem aconteceu em 2015 e provocou a maior tragédia ambiental do país. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Interlocutores ligados às negociações pela repactuação de Mariana querem adiar – mais uma vez! – a data de anúncio e assinatura do processo.

Pelo que O Fator apurou, a nova previsão é que o anúncio da repactuação seja feito logo após o segundo turno das eleições municipais – a partir de 29 de outubro. A data deixa em aberto que o evento programado para a assinatura, com a presença de lideranças políticas, possa ser realizado no “aniversário” da tragédia, 5 de novembro.

Em conversa com a reportagem, uma fonte ligada às negociações apontou que a mudança na expectativa da assinatura deve acontecer, especificamente, pelo burocrático processo interno na União e nos governos de MG e ES sobre o texto final do acordo.

As negociações pela repactuação já duram anos e, por várias vezes, estiveram próximas a um acordo. Dessa vez, a questão parece sem volta, mas a data especulada para a assinatura já mudou algumas vezes. Inicialmente, queriam em 6 de setembro. Depois, após o primeiro turno das eleições, 7 de outubro. Agora, uma nova previsão para o final de outubro.

Em agosto, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, chegou a revelar a terceiros que defendeu a Lula (PT) que a assinatura da repactuação não passasse de outubro “de jeito nenhum”.

A propósito, apesar de estar reta final por um acordo, o texto da repactuação ainda não está 100% “fechado”, mas faltariam poucos detalhes para sua conclusão, “pequenas ajustes em alguns temas, mas sem nenhuma grande discussão”.

Na semana passada, Zema e outros membros do governo mineiro se reuniram com representantes da mineradora Samarco para discutir questões do pós-repactuação.

O texto final está sendo redigido por representantes da União, Minas, Espírito Santo e MP’s, e com as empresas Vale, Samarco e BHP Billiton.

A repactuação deve girar em torno dos R$ 137 bilhões, sendo destes R$ 37 bilhões alegadamente já gastos pela Fundação Renova.

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