A gaveta de Hugo Motta (Republicanos-PB), que venceu no sábado (1º) a eleição para presidente da Câmara, acumula várias pendências deixadas por Arthur Lira.
Entre elas está a cassação do ainda deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso há quase um ano por obstrução das investigações no caso Marielle, e réu desde junho por ser mandante do crime.
O Fator antecipou ainda em agosto o acordão para manter Chiquinho no cargo.
Deputados bolsonaristas votaram “sim” pela cassação dele no Conselho de Ética, apesar do enorme esforço para defendê-lo em março, quando ele foi preso.
A mudança de comportamento faria sentido se Lira garantisse matar a cassação no peito – deixando a votação fora do Plenário, único lugar onde Brazão poderia de fato ser demitido.
Foi exatamente o que aconteceu.
Em 23 de setembro a CCJ rejeitou por 57 x 2 recurso de Chiquinho Brazão, abrindo caminho para Lira pautar a cassação no Plenário.
Ele nunca fez isso, e Brazão passou o réveillon como deputado.