A Executiva Nacional do Cidadania, reunida em Brasília (DF) nesta quarta-feira (19), definiu, por unanimidade, pelo fim da federação com o PSDB. Para se tornar oficial, a ruptura precisa ser aprovada pela maioria simples dos integrantes do Diretório Nacional do partido. O encontro que irá selar o fim da federação está marcado para o dia 16 de março, também na capital federal.
A decisão pela ruptura com os tucanos teve o apoio de lideranças do Cidadania em Minas Gerais. Luzia Ferreira e Juarez Amorim, representantes do estado na direção nacional da sigla, votaram pelo fim da aliança. João Vítor Xavier, deputado estadual e presidente estadual da legenda, também esteve na capital federal para acompanhar o encontro.
De acordo com o presidente nacional da agremiação, o ex-deputado federal fluminense Comte Bittencourt, a decisão unânime reforça que, na visão do Cidadania, a federação com os tucanos foi “uma experiência que não funcionou”.
“Não foram problemas pontuais neste ou naquele estado. Chegamos a um consenso interno de que temos visões diferentes para o Brasil. Por isso, não conseguimos construir juntos um projeto”, disse o dirigente.
Para superar a cláusula de barreira em 2026, que obrigará as legendas a conseguir ao menos 2,5% dos votos em pelo menos nove dos 27 estados, o Cidadania já estuda conversar com partidos como PV, PSB, PDT e Solidariedade para formar uma nova coalizão.
“Vamos abrir diálogo com o campo democrático. Seguimos sendo um partido humanista, que quer combater qualquer possibilidade de que os fascistas assumam o poder”, afirmou Comte Bittencourt.
Legalmente, as federações precisam durar no mínimo quatro anos. Por isso, a oficialização do fim da aliança PSDB-Cidadania, em vigor desde 2022, acontecerá no ano que vem.