MGS vai descontar salários de servidores que participarem da greve de terceirizados da Educação de BH

Trabalhadores de escolas municipais da capital mineira preparam paralisação para a próxima semana
Foto mostra manifestação de terceirizados da educação
Terceirizados da educação em BH protestam contra índice de recomposição salarial proposto pela MGS. Foto: Sind-Rede/Divulgação

Servidores terceirizados da Secretaria de Educação de Belo Horizonte vinculados à Minas Gerais Administração e Serviços (MGS), empresa do governo do estado, que aderirem à greve prevista para começar na segunda-feira (24), terão as faltas descontadas dos vencimentos mensais. A informação, repassada pela MGS aos trabalhadores por meio de um comunicado, foi confirmada pela companhia a O Fator nesta sexta-feira (21).

Segundo a MGS, os abatimentos vão constar na folha de pagamentos de março. As ausências relacionadas às paralisações ocorridas nos dias 12 e 20 deste mês também serão descontadas.

O quadro de terceirizados das escolas municipais belo-horizontinas têm servidores como auxiliares de limpeza, auxiliares de cozinha, cozinheiro e porteiro. Os servidores cedidos pela MGS também atuam no edifício-sede da Secretaria de Educação.

A greve, decidida em assembleia nessa quinta-feira (20), foi deflagrada porque os trabalhadores discordam da proposta de recomposição salarial ofertada pela MGS. A empresa sinalizou reajuste de 7% nos vencimentos. O índice ofertado é pouco mais de dois pontos percentuais superior à inflação oficial do ano passado, que terminou em 4,83%.

“Além de considerar a proposta de recomposição salarial insuficiente, a greve está sendo motivada pela ausência de respostas aos diversos itens da pauta de reivindicação. A situação dos trabalhadores terceirizados das escolas está insustentável, devido a jornada de trabalho excessiva, aos baixos salários e as péssimas condições de trabalho”, diz o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) na nota redigida para comunicar o início do movimento grevista.

A Secretaria de Educação, por seu turno, afirma que as tratativas envolvendo questões trabalhistas compete exclusivamente à MGS, que deposita os salários dos trabalhadores.

“Há uma negociação em curso entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a empresa MGS, que faz a gestão e disponibiliza profissionais terceirizados para atuarem na rede municipal de ensino. A negociação prevê reajuste de 7% no valor do contrato, índice superior à inflação registrada em 2024, que foi de 4,83%. A Smed ressalta que as discussões e pontos envolvendo questões trabalhistas são de responsabilidade exclusiva da MGS”, afirma a pasta.

O Fator tentou contato telefônico com o Sind-Rede para comentar a decisão da MGS de descontar os salários dos grevistas. Não houve sucesso, mas o espaço segue aberto.

Leia também:

FGV confirma março como mês de encerramento das inscrições no Programa de Transferência de Renda de Brumadinho

MGS vai descontar salários de servidores que participarem da greve de terceirizados da Educação de BH

Vereadores de Contagem articulam aumento da verba de gabinete

Veja os Stories em @OFatorOficial. Acesse