A cidade mineira que pode ter apenas um candidato a prefeito

Indefinição ao centro e desejo de frente ampla na esquerda podem fazer com que município tenha pleito com chapa única
O prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão
O prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão. Foto: Facebook/Divulgação

Poucas reeleições podem ser mais fáceis que a do prefeito Luís Eduardo Falcão (Novo), em Patos de Minas, cidade de pouco mais de 159 mil habitantes no Alto Paranaíba. Isso porque há a chance de ele concorrer sozinho no pleito. Uma consulta às atas das convenções dos partidos no município mostra que, exceção feita ao Novo, nenhuma legenda apontou candidatura na corrida ao Executivo municipal. Embora as agremiações tenham até o próximo dia 15 para registrar as chapas, a janela de convenções terminou na segunda-feira (5).

“Estou surpreso. Esperava que houvesse concorrentes, e ainda espero. Nos últimos dias esse comentário (sobre candidatura única) ganhou corpo e pode ser que essa possibilidade seja real”, disse Falcão, a O Fator.

O cenário é diferente do visto em 2020, quando Falcão, então no Podemos, se elegeu pela primeira vez. À ocasião, ele teve seis rivais: Adriana Paz (PRTB), Aguida Helena (PT), Agnaldo Queiroz (PSD), Béia Savassi (DEM), Hermano Caixeta (PSB) e Pedro Lucas (PDT).

Nos bastidores, havia a possibilidade de que dois tradicionais grupos políticos da cidade se juntassem para tentar uma candidatura única de oposição a Falcão. Uma dessas alas é liderada pelo ex-senador Arlindo Porto, que detém influência sobre o PSD local; a outra, pelo ex-deputado estadual Elmiro Nascimento, do União Brasil. Apesar disso, PSD e União Brasil não registraram concorrentes à prefeitura em suas atas de convenção.

À esquerda, também há “vazio”. O PDT também não registrou candidato, enquanto a federação formada por PT, PCdoB e PV registrou, em ata, o desejo por uma frente ampla — indo ao encontro da possibilidade de a coalizão apoiar um nome indicado por PSD ou União Brasil.

“Em acordo com as resoluções da Justiça Eleitoral, a chapa majoritária não será composta pela federação PT/PV/PCdoB, e sim pela frente ampla que envolve partidos da direita tradicional do município. O apoio à majoritária que será proposta pela frente ampla segue reforçando a necessidade de diálogo e construção conjuntas’, lê-se no documento, assinado por Aguida Helena, que comanda o diretório petista em solo patense.

O PSB, por sua vez, não havia registrado a ata de sua convenção junto à Justiça Eleitoral até a manhã desta quarta-feira (7). Interlocutores ouvidos por O Fator, entretanto, disseram que o partido não pretende lançar candidato a prefeito. Segundo essas fontes, Hermano Caixeta, que representou os socialistas quatro anos atrás, não mora mais na cidade.

Segundo Falcão, caso a disputa em Patos de Minas seja de chapa única, a ideia é concorrer à reeleição com uma campanha de “prestação de contas” do primeiro mandato.

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