A projeção do líder de Zema para o início da tramitação em 2° turno do PL do Ipsemg

Texto foi aprovado em 1° turno nesta quarta-feira (27), e agora, será novamente analisado por Comissão de Fiscalização Financeira
O deputado estadual João Magalhães
O deputado estadual João Magalhães, líder de Zema na Assembleia. Foto: Guilherme Bergamini/ALMG

Após a aprovação em 1° turno, nesta quarta-feira (27), do projeto que altera os valores de contribuição do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), a base do governo Zema na Assembleia Legislativa se planeja para tentar dar o pontapé inicial na tramitação em 2° turno já no início da próxima semana. A ideia é que a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) convoque a primeira reunião para tratar do tema já na segunda-feira (2).

O início da análise do PL do Ipsemg em 2° turno já no primeiro dia útil de dezembro serviria para ajudar a base governista a colocar o texto em votação final no plenário na semana que começa no dia 9. A estimativa leva em conta uma eventual obstrução, contrária ao texto, da oposição em algumas sessões plenárias. O objetivo de votar o texto na segunda semana de dezembro foi confirmado a O Fator pelo líder do governo Zema na Assembleia, João Magalhães (MDB).

Caso a FFO convoque uma reunião para analisar o projeto no dia 2, os deputados do comitê podem ganhar algumas horas até o dia seguinte para a votação do texto no colegiado. Assim, o PL do Ipsemg seria aprovado pela comissão até a noite da terça-feira (3).

O PL do Ipsemg passou em 1° turno por 43 votos a 20. Se o texto for sancionado, o piso das contribuições ao instituto vai subir de R$ 33,02 para R$ 60. O teto, por seu turno, passaria de R$ 275,15 para R$ 500.

Ao comentar a aprovação do projeto na primeira votação em plenário, Magalhães afirmou que as mudanças servem para aumentar o orçamento do Ipsemg — que, segundo ele, tem um tamanho “insignificante” diante do volume de despesas.

“Colocamos na lei que cada centavo dos novos recursos aportados no Ipsemg serão 100% aportados na instituição. A previsão é de (arrecadar) R$ 740 milhões”, disse.

A visão é contestada pela oposição. Para Beatriz Cerqueira (PT), o Executivo quer transferir aos servidores a tarefa de incrementar o caixa do Ipsemg.

 “Dos (mais de) R$ 700 milhões que o governo diz que vai arrecadar com esse projeto, mais de R$ 200 milhões serão (pagos por) pessoas com mais de 59 anos”, protestou.

Leia também:

BHP Brasil anuncia novo presidente

Deputados adiam votação de projeto que aumenta bancada de MG

Após calotes, governo de Minas adota nova tática para acordos de leniência

Veja os Stories em @OFatorOficial. Acesse